Maray, pie de la cuesta

Seguimos pela Quebrada de Escoipe, uma estrada com subidas duras entre montanhas gigantes

Bem-vindos à dureza dos Andes! Ia ser um dia de muito subir pela Quebrada de Escoipe onde apenas tivemos uma parte inicial plana junto ao rio, devido a um desvio por estarem em obras. Víamos com alguma inveja os turistas que nos passavam em carrinhas, apesar de não ser uma experiência tão gratificante quanto subir em bicicleta entre montanhas gigantes. A manhã começou fria, há uma grande amplitude térmica nesta zona, mas a partir das 9h da manhã o dia já começa a aquecer.

Estratos de diversos minerais que se podem observar

Nesta zona as montanhas são compostas por distintos minerais e pedras e isso pode-se ver pelas distintas cores que apresentam. Predomina o vermelho mas também algumas tonalidades de verde, talvez de lítio. A paisagem realmente absorveu-nos e foi difícil fazer 500 metros sem cair na tentação de tirar outra foto ou fazer um vídeo. É uma paisagem árida numa zona com pouca chuva e onde começámos a ver cardones, um tipo de cacto bem grande que indica a sequidade destas montanhas.

Montanha com cardones
Parámos para comprar água num pequeno quiosque e restaurante que havia antes de chegar a El Maray. Muito tradicional com as mantas típicas

Chegámos a Maray à hora de almoço e decidimos passar aí a noite depois de pouco mais de 20 km de subida. Estávamos precisamente no ultimo local antes da conhecida Cuesta del Obispo. Outra vez as comidas típicas: panados ou empanadas de frango que pedimos para o dia seguinte. Estávamos já a uns 2250 msnm e, como a noite indicava ser fresquita, fizemos fogo para nos aquecermos enquanto bebíamos um mate e daí já passámos diretamente à tenda para dormir.

Guanaco é um Lama selvagem

16 Maio, 2017