De Argentina ao Paraguai

Cruzámos o rio Paraná para entrar na capital paraguaia do mate – Bella Vista – e ir conhecer as missões jesuíticas de Trinidad.

Saímos mais tarde que o esperado mas a ligeira brisa que soprava fazia o caminho mais suave. Ao fim de quase 28 km deixámos a RN 12 e os seus habituais trechos sem bermas para nos desviarmos a Corpus Christi, que foi a primeira capital de Misiones. Atualmente a capital é Posadas que se encontra em frente à capital paraguaia de Encarnación. Toda a toponímia deste região está caraterizada por ter nomes religiosos. Em Corpus existe também uma missão mas está enterrada de momento.

RN 12. Em algums partes não existem bermas ou estão em mau estado

De Corpus fomos até ao Puerto Mani, que se encontra a uns 5 km e permite a travessia do rio Paraná para Bella Vista, a capital Paraguai do mate, que se localiza no departamento de Itapúa. Carimbaram-nos os passaportes sem nenhum problema em ambas as fronteiras.

Passando a fronteira de Corpus (Argentina) a Bella Vista (Paraguai). Rio Paraná

Entrámos numa zona colonial do Paraguai, com forte presença Alemã. A mandioca, o mate e o milho continuam a ser os cultivos predominantes. Não vimos araucárias deste lado do Paraná, por enquanto. Levantámos uma fortuna em guaranis, a moeda do Paraguai, mas poucos euros na verdade. 5.000 guaranis equivalem a aproximadamente 1 euros.

Finalmente chegámos a casa de Joshua, um americano de Florida que está a fazer o seu projeto de corpo de paz em Trinidad. No dia 25 de março, com o apoio de outras entidades vão celebrar, na Missão de Santísima Trinidad del Paraná, o evento “A hora do planeta”. Vão iluminar a Missão com tochas acompanhado por música barroca, algo digno de ser visto. Passámos dois dias com Joshua que está há 1 ano e meio no Paraguai e nos levou a comer um dos pratos típicos da região, a chipa guasú. Um género de torta de milho, muito bom!

22 Março, 2017